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Foto do escritorTainá Laydner Fiore

A última festa - Lucy Foley

Um veredicto sobre 'A Última Festa' - Um suspense que troca a adrenalina pelo drama!


Nove amigos, como de costume, se reúnem para passar o ano novo em um lugar completamente diferente. E o escolhido da vez são umas cabanas nas ilhas baixas da Escócia - só acessíveis por trem, se a neve deixar, claro.


Se, por algum momento, pareceu ser só mais uma história sobre investigação criminal, tenho um spoiler: a trama se concentra muito mais no drama dos personagens - típica gente rica - a mais bela da turma, o casal nota 10, o pavio curto, os pais de primeira viagem, o reservado, o ambicioso, e a novata (bom, nem tão novata assim e, em determinado momento, você vai entender o que quero dizer).


Mas não se engane! Enquanto os estereótipos tentam dar as cartas, a história foca em três figuras que são o epicentro de toda essa narrativa.


É tudo sobre máscaras e realidades distorcidas, onde as aparências enganam, especialmente entre quem só tem um passado compartilhado, algumas feridas e uns segredinhos. Melhores amigos para sempre? Nem sempre. Sorriso no rosto é sinal de coração feliz? Nem sempre, também. Parece que as máscaras estão na moda e são a última tendência.


Uma tempestade de neve chega com uma notícia para deixar a alma da festa gélida: um dos hóspedes morreu. Se todas as entradas e saídas estiveram e ainda estão bloqueadas pela tempestade de neve - o assassino está entre algum deles. Mas quem?


A descoberta do assassino passa longe de ser o centro do palco. Nenhum personagem é tão obviamente suspeito, e isso é como uma comida sem sal suficiente. Amores platônicos, homossexualidade revelada, stalker, atividades ilegais. Assuntos mencionados, para te deixar na dúvida e criar suspeitas, mas, nada tão aprofundado a ponto de te fazer desenvolver uma teoria.


Nem sequer da para dizer que a história se concentra na vítima, que, inclusive, não é um enigma - um personagem se destaca com neon e luzes de piscantes. Coincidência? Nem pensar - é tudo evidente sem que seja necessário mencionar nome algum.


Sobre os funcionários que recebem os hospedes? Tentaram criar um clima tenso sobre eles, sugerindo um passado obscuro, mas a coisa toda acabou morna. Mistério? Na verdade, não.

Descobrir a RELAÇÃO do assassino com a vítima é a única coisa que me fez não colocar esse livro na lista de excluídos. Pequenas, pistas foram deixadas ao longo dos capítulos, mas, tão microscópicas que se perderam no meio do enredo. Se melhor trabalhadas, o impacto seria o mesmo das Torres Gêmeas caindo. Havia muito potencial.


Não sei se você gosta desse tipo de suspense mais sutil ou prefere aqueles que te faz morder as unhas. Eu prefiro o que me deixa sem ar. No quesito adrenalina, o livro troca por drama. Não é daqueles que você não consegue largar, mas também não vai te deixar entediado.




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